segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Lua...


Hoje acordei pensando nela...

Na lua, que de redonda se faz metade e de meia se faz cheia e assim vai iluminando o negro anoitecer do meu pranto.

São quatro as fases da lua, mas a uma só dedico minhas lamurias: a minguante, que disfarçada em sua fina figura escamoteia sua luz, deixando o céu de minhas angústias a míngua. Sofre meu coração que bate a procura do brilho que ela teima em diminuir.

Diminuta no contorno, mas não em astúcia, pois esconde em sua sombra toda forma que mais tarde cederá a sua irmã que se vestirá de nova para o céu poder saldar.

Ah... minha amada, minha amiga de tantas noites sombrias em que na tua penumbra apoiei meu lamento. Por que insistes em querer encobrir-se, sonegando teu fulgor aos que clamam por teu esplendor¿
Mínguas tua configuração, não tua claridade...

Oh astro celestial que me inebria e me faz sonhar que minha amargura irá sanar ao te ver chegar, discreta, mas imponente e poderosa fazendo o céu se abrir para te deixar entrar e cintilar com toda sua majestade.


Vou dormir pensando nela... Na lua minguante que tanto me faz sonhar...

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